Se você clicar na imagem acima e souber ler japonês, vai saber que hoje teve um leve terremoto em Tóquio. Dessa vez, finalmente, eu senti, a tela do computador balançou, junto com a água na jarra aqui na mesa do trabalho. Por um breve momento parecia que eu estava em um barco, ou que eu acabava de abrir os olhos depois de dar uns giros.
L. estava em casa, protegida pelos amortecedores da Bridgestone, e nem se deu conta.
Japão: um país literalmente em extinção.
Poderá reinventar-se? Minha aposta é que, apesar de possível, não irá: mais do que morrer, aposentados temem mesmo é qualquer mudança em seu estilo de vida.
MUJI é a resposta do capitalismo japonês ao lema durdenliano "deliver me from Swedish furniture!". Ainda é algo produzido em massa em algum lugar da China, com materiais baratos e design metido a moderninho (um moderninho anos 60, mas ainda assim moderninho). Da mesma forma que a Ikea, são produtos quase descartáveis e todas as lojas do planeta são assustadoramente parecidas, se não iguais.
Mas há um ponto que a torna particular, a MUJI propaga algo muito bacana, a filosofia do no-logo. Pague um preço decente por algo prático, que funcione ou por uma roupa básica, sem ter que pagar a mais por uma marca, um designer ou um logotipo. Em lugar de pagar para fazer publicidade alheia, pagar pelo produto, e só. A empresa foi inaugurada em 1991 e hoje se consolidou no exterior pelo design, mas aqui dentro ela é forte pela relação custo-benefício.
É talvez um retrato da juventude do Japão atual, que superou a fantasia da bolha. Em um lugar onde a obsessão com marcas é tão intensa, onde há a maior concentração de Louis Vuitton por km2 do planeta, a MUJI é revolucionária, quase subversiva. Quase vale a pena pagar a mais por isso.
El que tiene plata hace lo que quiere... hasta pintar su Ferrari con un personaje de Manga!
Yoyogi Park es el mejor paseo de domingo porque reune a todos los personajes toquiotas que se puedan imaginar! Este domingo nos encontramos con el "Increible hombre globo", miren el video!
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